Discriminação governamental

É público e notório que os narcotraficantes que atuam no RJ ultrapassaram todas as medidas quando resolveram partir para a violência urbana, com queima de inúmeros veículos na semana passada.

Atentados
Esses deploráveis atentados à propriedade e ao direito de ir e vir, no entanto, não faz desses vândalos menos criminosos se comparados com praticantes dos mesmos atos e de outros tão hediondos quanto.

Intrigante
Como as forças policiais, somadas às Forças Armadas (Exército, a Marinha e a Aeronáutica), resolveram enfrentar somente os narcotraficantes do RJ, e assim mesmo só aqueles que se refugiaram no Complexo do Alemão, esta discriminação é no mínimo intrigante.

Alguns exemplos
Para ficar só com alguns assaltos e/ou escândalos de enorme repercussão, os quais mereciam o mesmo tratamento dispensado aos narcotraficantes do Rio, cito, por exemplo, o rombo do PanAmericano, a forte corrupção na Casa Civil chefiada pela ex-ministra Erenice Guerra e o rumoroso episódio do Mensalão.

Compromisso
Creio que, mesmo existindo muitos outros crimes escancarados, estes bastam para provar que além da discriminação há um forte compromisso em livrar aqueles que estão intimamente ligados ao governo.

Chegou a hora?

Se o governo entendeu que chegou, enfim, a hora de enfrentar criminosos, o mínimo que se espera é que não fiquem restritos à quem mexe com drogas. É imperioso que protejam a sociedade de tudo que aquilo que é financiado por impostos. Quero, portanto, o Exército, a Aeronáutica e a Marinha em ação, na defesa do povo brasileiro.

Pouco resultado
A propósito: afinal, quantos narcotraficantes as Forças de Ocupação prenderam na operação do Complexo do Alemão? No Iraque os americanos foram vaiados pelo mundo por não terem encontrado as armas químicas.

Aqui, com muita pirotecnia, a polícia só conseguiu mostrar lotes de maconha. Cocaína, quase nada. E narcotraficantes, ninguém significativo. E aí?

Por: Gilbeto Simões Pires

[Voltar]