Quando Lula foi eleito, para seu primeiro mandato, o desastre econômico que todos esperavam, felizmente, não aconteceu. Tudo porque o presidente e sua equipe, de forma surpreendente, resolveram manter, intacta, a política econômica do governo anterior.
Com o passar do tempo, muita gente que antes mostrava grande preocupação foi ficando mais tranquila e aliviada. Já os mais fiéis eleitores, seguidores e aliados do PT entenderam a decisão de Lula como uma grande traição. Vários deles, inclusive, simplesmente deixaram o PT.
O fato é que a partir daí, adoçados pela continuidade da política econômica de FHC, muitos brasileiros entenderam que Lula e os petistas não eram tão maus assim. E simplesmente esqueceram que as demais promessas de campanha, principalmente de cunho socializante, com viés social-comunista, Lula e PT jamais deixaram de lado.
A esperta estratégia de Lula e do PT estava certíssima. Embriagada e feliz com o desempenho da economia, grande parte da sociedade, mesmo com alguma indignação aqui e ali, passou a tolerar muita coisa. A imprensa, bem aquinhoada por fartas verbas de publicidade do governo, contribuiu bastante para que Lula se tornasse um governante notável. Do bem.
Desta forma, o povo engambelado não percebeu que o país começava a dar seus primeiros passos para se transformar num país comunista. Até as minhas repetidas e exaustivas advertências, de que o Foro de São Paulo permanecia vivo como nunca, foram consideradas exageradas.
Muitos leitores chegaram a me enxergar como um maluco que via chifres em cabeça de cavalo. Pois, enquanto eu não passava de um crítico pessimista, a turma petista agia de forma sorrateira, sem alarde, nas reuniões com Chávez, Morales, Correa e Cia.
Só agora, diante dos dois decretos absurdos que Lula assinou, a sociedade está voltando a perceber do quanto é grave a situação do país. As propostas espertas, sorrateiras e perigosas, urdidas de forma estratégica e inteligente nos porões do governo Lula, estão sendo agora percebidas como ameaças à nossa débil democracia.
A preocupação da sociedade, quando tomou conhecimento do decreto que estupra a Lei da Anistia, aumentou pra valer quando conheceu o Decreto dos Direitos Humanos, que prega, entre tantos absurdos, um certeiro golpe na Justiça e extingue a propriedade privada no campo e nas cidades.
Agora, o que falta é saber qual atitude a ser tomada pelos tolerantes. Só a mera indignação não basta. É preciso mais: AGIR. Ou, simplesmente, acatar. E aí?
Por: Gilberto Simões Pires
[Voltar]