Pobre direita brasileira!

É triste ver o estado moral e decrépito da discussão ideológica, no Brasil, entre esquerda e direita. De um lado, um bando de pelegos corruptos, com esperanças numa ex-cancerosa que é pelega do chefe, o tal “cara”, assistente de torneiro mecânico que nos governou durante oito anos e o resultado está aí: vai estourar em 2011…

Do outro, um bando de generais de pijama, cônscios da moralidade do INSS, apontando imoralidades e pedindo aumentos, um conjunto de juízes de tribunais superiores, guardadores da imoralidade da Justiça e de seus palácios, esperando que os militares, hoje técnicos e não golpistas façam alguma coisa. No Brasil, meus amigos, todo esperto espera que um trouxa faça alguma coisa!

A questão não é essa, não é ideológica, nem jurídica. A questão do Brasil é que temos de evoluir, para sempre, além das ideologias. Estamos fincados em cláusulas pétreas vincadas no século XVIII, no Espírito das Leis, de Montesquieu, que ninguém leu…

Hoje, a coisa não tá legal, o buraco é mais embaixo, como diria o Adriano, do meu Flamengo. Meus caros, a questão não é mais entre direita e esquerda. Eu toco piano com as duas mãos e até lhes confessaria que a minha sinistra é melhor que a destra…

Nós temos não que aperfeiçoar o capitalismo, com aquela velha ideia da ditadura do proletariado, com a sucessão através do socialismo e o paraíso do comunismo, nem com o aborrecimento derretido e utópico do socialismo com liberdade ou o Welfare State, oferecido pelos Estados Unidos, e que, enfim – graças a Deus – liquidou a União Soviética.

Temos que entender que a luta final, não é entre comunistas e ex-comunistas, é entre o capitalismo e a natureza. O Bradesco e o Itaú, agora que estão vendo no que esse mundo se tornou, têm uma política “social”, ações nas bolsas prometendo alguma ajudazinha para o planeta, que eles não acreditam que dilapidaram. Mas o Sol e a Lua não os querem mais e isso independe de seus obscuros acionistas. Da mesma forma, os bancos calhordas dos Estados Unidos, os grupos Bilderberg e Rothchilds…

Meninos, e generais, o mundo não funciona mais assim. O mundo mudou muito depressa e a única coisa em que vocês ainda pensam é que enquanto os guichês dos bancos lhes dêem algumas expensas, é possível discordar. Aliás, a direita no Brasil é discussão de velho puto aposentado em espera de fila de banco. Mas na vetusta  Europa, igual aos senhores, tão sofridos aposentados, a extrema-direita está se formando. Qual será o nome do novo Hitler? Qual será, meninos, o nome de minha câmara de gás? Lá os empregos estão escasseando e aparecem os jovens, sem ter o que fazer a massacrar negros, mestiços, indianos e outros quaisquer. Eu que não quero ver a Torre Eiffel…

Olhem para cima, pobres diabos, como os gregos, vejam as estrelas! Os homens estão para ser eliminados. E a catástrofe não escolherá, infelizmente, entre esquerda e direita. E pijamas só serão encontrados por futuros arqueólogos…

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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e está escolhendo uma instituição psiquiátrica, com a natural redução de danos (do PT) e que me desculpe a dona Chauí…

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