Interessante é a enfase que os políticos dão à pornografia infantil na Internet. Pornografia infantil tem uma percentagem baixíssima, enquanto os crimes fiscais, os estelionatos, os furtos de senhas e dados bancários representam praticamente 99% do total dos crimes virtuais. Nâo precisa de leis específicas para pornografia infantil. O nosso código penal já é suficiente para punir estes criminosos. Precisamos é de tecnologia e vontade desses mesmos políticos no combate aos crimes dominantes, embora não se sabe se eles – políticos – tenham moral ou idoneidade para combatê-los e, para disfarçarem suas incapacidades ou suas suspeições, fazem demagogia em torno de algo que é fácil de punir, bastando apenas querer. Para se ter uma idéia da gravidade das tentativas de roubo de dados, apenas hoje, 15 de dezembro de 2008, até às 12 horas, já recebi mais 50 mensagens eletrônicas (“e-mails”) contendo tentativas de implante de programas espiões, todos usando nomes de bancos, cartões virtuais, telegramas virtuais dos Correios, falsas intimações de uma tal Comissão Gestora de Iinteresses Difusos e Coletivos do Ministério do Trabalho (existe essa comissão?), entre outros. Não existe pedofilia na Internet, pois pedofilia é o crime in loco, ou seja, é a ação concreta, física e praticada contra a criança, enquanto na internet não existe ação física e concreta, existem imagens, textos, sons e insinuações de abuso e por isso o termo correto é pornografia infantil. Continuar lendo CPI propõe espionar web de investigados