Sob o comando da presidente Dilma Rousseff, o “Brasil passou da efervescência para a melancolia”. Essa é a opinião de Anderson Antunes, colunista da revista americana Forbes, que elencou cinco motivos para não re-eleger Dilma Rousseff. Confira-os abaixo:
1 – O Brasil não cresceu como poderia e deveria durante o governo Dilma
Segundo o colunista, a economia do País cresceu 7,5% em 2010, último ano de Lula na presidência, com o Brasil sendo um dos maiores exportadores de produtos manufaturados e agrícolas, além de minério de ferro. Desde então, esse cenário não se repetiu, e a economia entrou em recessão técnica neste ano. “É a primeira vez em cinco anos que a economia retraiu”, escreveu o colunista. “Até o fim de seu mandato neste ano, o crescimento do Brasil sob Rousseff esperado é de dois pontos percentuais menor do que o crescimento médio da América Latina entre 2010 e 2014. É a primeira vez em 20 anos que o Brasil é deixado para trás comendo a poeira de seus vizinhos.”
2 – Maior empresa do País, a Petrobras está sendo seriamente danificada
Em 1997, a Petrobras ganhou uma nova força quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acabou com o monopólio estatal e abriu o capital da empresa para investimento privado, diz Antunes. Dez anos depois, a petroleiro descobriu o pré-sal, o que seria uma prova de que “Deus é realmente brasileiro”, citando uma afirmação do ex-presidente Lula. Sob o governo petista, a estatal tem enfrentado diversos escândalos. Além das investigações, o valor de mercado da companhia caiu de US$ 190 bilhões para US$ 119 bilhões em quatro anos. O colunista também critica o fato de a Petrobras ser utilizada para controlar a inflação, segurando reajustes nos preços de combustíveis e agregados.
3 – Abordagem de Dilma para manter a inflação alta a fim de manter empregos é questionável
Um consenso dos analistas é que inflação e desemprego baixo funcionam quando há crescimento econômico, diz o colunista. No Brasil, a inflação tem piorado pelo fato de que nos últimos anos os salários têm aumentado em um ritmo constante, enquanto o lucro das empresas tem declinado.
4 – Dívida Pública do Brasil continua crescendo, e as economias nacionais ainda são baixas
Antunes diz que, apesar de a dívida pública do País ser relativamente baixa – cerca de 35% do PIB -, esse percentual tem crescido. “O orçamento federal está constantemente em déficit, e Rousseff se comprometeu a cumprir uma meta de superávit primário de 1,9% do PIB neste ano e 2% no próximo ano”, se reeleita. Antunes ressalta que, nos primeiros seis meses do ano, o superávit primário – espécie de economia para pagar os juros da dívida – atingiu R$ 29,4 bilhões, o menor valor da história.
5 – Dilma não promoveu as reformas necessárias para tornar a vida das pessoas, especialmente dos pobres, melhor
O PT se autoproclama como o partido que tem a missão de defender os pobres e os socialmente excluídos. As reformas necessárias para isso, no entanto, não têm acontecido no governo Dilma, afirma o colunista. Ele diz que o Brasil, além de não estar mais crescendo como deveria, reduziu sua distribuição de renda.”