A barrigada da The Economist

Excelente texto de Gilberto Simões Pires

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The Economist arrependida
A cada vez que a revista britânica – The Economist – resolve publicar alguma coisa sobre o nosso pobre Brasil, não consegue esconder o quanto está preocupada em recuperar a credibilidade que perdeu mundo afora por ter dedicado, em edição de 2009, extensa, porém comprovadamente falsa, reportagem sobre o Brasil, sem antes avaliar, corretamente, a Matriz Econômica (Bolivariana) imposta pelo PT.

Barrigada
Se muita gente até já deixou de comentar aquelas falsas e infundadas projeções econômicas promovidas pela The Economist, seus editores, ao contrário, continuam dando nítida impressão de que jamais vão esquecer aquela terrível -BARRIGADA-, que no jargão jornalístico significa TER COMETIDO GRAVE ERRO.

Para tentar alguma recuperação junto aos seus leitores, a revista dedicou uma nova capa e reportagem,  com o título: O ATOLEIRO DO BRASIL. A publicação mostra uma passista de escola de samba presa em um pântano. No editorial, a The Economist afirma: -A economia do Brasil está uma bagunça-.

Estrago
Na realidade o estrago sempre esteve no horizonte do PT de Lula e Dilma. A tempestade que está se iniciando no nosso pobre Brasil, prometendo ser muito duradoura e fortemente destrutível, foi plantada em 2002, bem antes, portanto, da reportagem da revista britânica. O que está acontecendo agora é apenas a colheita daquilo que foi plantado desde o primeiro dia que o PT assumiu o governo.,

Euforia falsa
É sempre importante repetir (à exaustão) que tudo aquilo que provocou a sensação de euforia no seio da sociedade brasileira e internacional se deve às atitudes populistas/assistencialistas promovidas pelo governo. Além do aumento espetacular de despesas públicas, os aumentos de salários (públicos e privados) foram muito acima do crescimento do PIB. Ou seja, muito acima do que a economia suporta.

Crédito
No quesito CRÉDITO, só para que os leitores tenham uma ideia dos problemas que teremos pela frente, vejam o que recebi do pensador e economista Ricardo Bergamini: –

1) Em 2002 o volume de operações de crédito era de R$ 378,0 bilhões (25,57% do PIB), sendo R$ 144,1 bilhões (9,75% do PIB) concedidos por bancos públicos (Caixa, BB, BNDES, etc.). A participação dos bancos oficiais públicos era de 38,13%.

2) Em 2014 o volume de operações de crédito era de R$ 3.021,8 bilhões (58,87%), sendo R$ 1.619,7 bilhões (31,55% do PIB) concedidos por bancos públicos (Caixa, BB, BNDES, etc.). A participação dos bancos oficiais públicos atingiu a marca de 53,60%. Pode?

3) Crescimento real do PIB no período de 2003 até 2014 foi de 38,70%.

Estatização bancária
O VOLUME DE CRÉDITO CRESCEU EM TERMOS REAIS EM RELAÇÃO AO PIB EM 130,23%, PARA UM CRESCIMENTO DO PIB DE 38,70% NO PERÍODO, ESSE DESEQUILÍBRIO GERA UMA ILUSÃO MONETÁRIA DE CRESCIMENTO.

O MAIS GRAVE É QUE NESSE CRESCIMENTO DE CRÉDITO HOUVE UM AUMENTO MONSTRUOSO DA PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA BANCÁRIO PÚBLICO SAINDO DE 38,13% EM 2002 PARA 53,60% EM 2014, ULTRAPASSANDO O VOLUME DO SETOR PRIVADO. O QUE PROVA O AVANÇO DA ESTATIZAÇÃO BANCÁRIA NO BRASIL.

Aumento de impostos
Diante dos sérios problemas criados pela Matriz Econômica Bolivariana adotada desde o primeiro dia que o PT assumiu o governo, Dilma resolveu agir(???). Entretanto, por tudo que se lê, assiste e ouve em todos os meios de comunicação, a presidente só tem em mente aumentar impostos e/ou criar novos, com o propósito de elevar a arrecadação.

Cortar despesas, que seria justo, decente, sensato e muito mais lógico, infelizmente não passa pela cabeça (oca) de Dilma.

Mais: buscar eficiência tributária, como vem propondo, e defendendo, o MBE -Movimento Brasil Eficiente-, através de simplificação do sistema tributário, sequer cogita. Isto que o estudo prova, por A+B, que em 10 anos haveria uma economia equivalente a um PIB.