Não é apenas a ausência da Mozilla um péssimo indicativo de algo mais grave por trás da atitude do Google, mas algo que está no último parágrafo da reportagem título deste post deixa uma má impressão no ar: “Segundo a lista das “organizações mentoras”, outras empresas importantes do mundo open source também foram barradas: Linux e Tor”.
Linux fora do evento? Como assim? Se hoje existe o Android é graças ao Linux. O núcleo (ou kernel) do Android é o Linux. O Android sequer é um sistema operacional. É apenas uma distribuição Linux, assim como o Debian, o Slackware, o Fedora, o CentOS, o SuSE, e também o MacOS e o iOS que tem como núcleo o FreeBSD, um tio-avô do Linux.
Será que o Google pretende patentear o Android como se fosse um sistema operacional proprietário e incorporar o Linux, mudando seu nome e passando a cobrar por ele?
Esse filme todos os militantes, apaixonados e profissionais da informática já viram antes, pois foi exatamente isso o que Steve Jobs fez em 1986, quando surrupiou o núcleo do FreeBSD para criar o NextOS, patenteando-o como se fosse um sistema e não uma distribuição, e cobrando por ela. Os atuais MacOS e iOS são derivados ou aprimoramentos do NextOS. Leia aqui