Projeto podre de poder

​A impunidade, voz corrente na sociedade, não pode prevalecer por conta da possibilidade do sucessor ser pior.

Prezados
Transmito o texto abaixo para apreciação.
Saudações
Ernesto Caruso
CORRUPTOS IMPIEDOSOS

Projeto podre de poder

Ernesto Caruso

​, 28/03/2015​

 

       As mesmas letras servem ao chacal, à hiena e ao virtuoso. Posição de cada um. Atitude. Poder de servir. Podre para comer. Poder de conduzir. Podre de se empanturrar. Poder de dividir entre todos, fraternidade. Podre de brigar pelo maior pedaço. Irracional.  Garras e caninos à mostra. Presa ferida. Fácil dominar. Impiedosos como selvagens; como parte da cadeia alimentar. Os virtuosos preocupados com os mais necessitados nas filas dos hospitais, por exemplo. Saúde por sua importância. Poder de servir na sociedade racional, regida pela norma legal.

       Eis que o princípio da moralidade, dentre outros, fundamenta a administração pública em qualquer dos Poderes da União, Estados, Municípios (Art. 37 CF/88). Sem delongas jurídicas, moralidade está relacionada à moral, aos bons costumes. Decência, honestidade, probidade, pudor, ética.

       Tão importante que a CF/88 no Art. 5º, LXXIII admite que qualquer cidadão seja parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo à moralidade administrativa. No mesmo rumo o Art. 85, V, define como crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição entre vários, a probidade na administração. Isto é, decência, dignidade, honestidade, honradez.

       Qualquer cidadão por simples que seja, com ou sem instrução, sabe discernir a diferença entre o bem e o mal, o moral e o imoral, o honesto e o desonesto. E está discernindo e protestando. Nas ruas com as dificuldades naturais de reunir, de multiplicar a conversa na esquina, nos bares, nas reuniões sociais e sem marqueteiros, sem recursos estatais, caixa 2, “artistas chapa branca”, em milhares de cidadãos, por dezenas de cidades, de verde-amarelo-sociedade, embalagem sem arte, design, comunicação primorosa, mas, cartaz de papel, simples caneta hidrocor, e vontade de exigir moralidade e probidade.

       Gente do povo, usando intensamente as redes sociais de forma espontânea e vencendo os telejornais com entrevistados ilustres, ex-ministros, e agentes do governo que tentam convencer o cidadão da inexistência de razões para o impeachment e que as providências tomadas para o futuro de coibir a corrupção como um “crime novo”, reprova o atual governo central.

Nas últimas pesquisas, tido por 64,8% como ruim ou péssimo, reprovado por 77,7% e a “presidenta” considerada culpada pelos desmandos na Petrobras por 68,9% dos entrevistados. Coerente com os malfeitos, 59,7% se dizem favoráveis ao impeachment da “presidenta” que deve estar bastante preocupada com o elevado índice de 83,2% da população, solidários com as manifestações a sugerir frequência maior na próxima, prevista para 12 de abril.

Cada dia mais sujo o projeto de poder petista, sem contar com o afastamento de ministros ao longo dos 12 anos, marcado pelo mensalão, em cujo julgamento o ministro Celso de Melo disse, “Se impõe a todos os cidadãos dessa República um dever muito claro: o de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe nem admite o poder que se deixa corromper.”.

Dos mais recentes vêm à tona os gastos dos Correios no ano eleitoral findo a serem apreciados pelo Tribunal de Contas da União por irregularidades em favor da candidata Dilma à reeleição. É contínua a delação premiada envolvendo, parlamentares, ex-ministros, diretores, executivos de empreiteiras e o tesoureiro João Vaccari Neto, do PT. As gravações e intenção de acobertar o favorecimento ao governo cubano sobre o programa Mais Médicos, já muito criticado pelo que recebem diretamente os médicos e o que vai para os ditadores da ilha grande.

Chega ou precisa mais para investigar a “presidenta”. Grande parte da população, quase 70% segundo a pesquisa, acreditam que ela é culpada pelo ocorrido com a Petrobras e 60% são favoráveis ao impeachment. O povo perdeu a confiança no governo.

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A impunidade, voz corrente na sociedade, não pode prevalecer por conta da possibilidade do sucessor ser pior. Seja o Lula, do PMDB, ou de partido qualquer.

A ilustrar, as palavras do Lula na articulação do impeachment do Collor:

“O dado concreto é que o movimento pró impeachment está crescendo muito e nós achamos que vamos ter a maioria de 2/3 no Congresso Nacional.” (www.youtube.com/watch?v=zHe9XN-Ewlg)

Também no comício em Curitiba:

www.youtube.com/watch?v=ytoD_SKqncM