Copiado de um twitte excelente

SERÁ PRECISO TER MAIS CORAGEM PRA PRENDER BOLSONARO DO QUE TIVERAM PRA SOLTAR DILMO

Não sei se era 1 milhão de pessoas, 700 mil, 500 mil. Mas não eram 10, 100 ou 1000, e nem havia nas redondezas ônibus de viagem de quinta categoria pago com dinheiro de sindicado. Ninguém foi na Paulista como claque remunerada a pão com mortadela. E todos que estavam sabiam o porquê estavam ali.

Bolsonaro queria enviar “um retrato para o mundo”. Conseguiu, com foto panorâmica e tudo mais. Mas, o sistema resolveu se antecipar a ele, mandando antes duas “fotos” muito significativas. Na véspera, Dilmo atacou mais uma vez Israel, reforçando a ideia de que cadeia com penas brandas não recupera ninguém. Dilmo provou, também, que é preciso, urgentemente, acabar com as “saidinhas”. A cada saidinha que ele dá comete um crime contra o Brasil, mentindo, atacando adversários, atacando países e, sempre, sempre, defendendo bandidos.

Entretanto, a foto mais significativa foi enviada pela Polícia Federal na manhã do próprio domingo a mando do ministro japonês Senka-Belo. A detenção do jornalista português Sérgio Tavares no aeroporto de Guarulhos comprovou antecipadamente o que seria dito mais tarde na Avenida Paulista: vivemos em uma ditadura do judiciário que persegue adversários do sistema, não importa a nacionalidade. Qualquer um que discorde do sistema e critique a sanha perseguidora e revanchista que se instalou no Brasil é inimigo. E Senka-Belo não perdoa inimigos.

Quando estavam em vias de prender o Dilmo, espalhava-se o boato e a expectativa de que haveria uma convulsão popular incontrolável, que os bandidos desceriam dos morros e atacariam a população civil em retaliação. Não aconteceu nada. Boatos e expectativas serviam apenas para inflar a imagem de Dilmo e dar a ele uma importância que já não tinha.

Naquela altura do campeonato já tinha sido jogada tanta merda no ventilador que só mesmo os incautos e cúmplices tinham coragem de tentar defender alguma coisa. Dilmo já tinha sido condenado em duas instâncias, delatado por mais de 170 pessoas, provas se acumulavam e corroboravam umas com as outras e também com tudo o que havia sido delatado. Era um momento tão indesculpável que, exceto um ou outro, os magnânimos de preto não tiveram coragem de aceitar nem habeas corpus.

O jeito era enfiar a viola no caso e planejar um contra-ataque que levaria quase dois anos e precisaria de um novo crime para dar certo. Foi quando criaram a Vaza Jato através da invasão de celulares de autoridades e saíram remendando conversas e criminalizando diálogos que foram usados como provas de que tudo não passou de armação para prender Dilmo, “O Inocente”.

O tempo passou, a corte suprema passou a entender, aceitar e endossar que houve um gigantesco conluio que envolveu dezenas de réus confessos, juízes, promotores, delatores, apoio da imprensa, acordos com entidades internacionais, numa conspiração arquitetada em parceria com o FBI, Polícia Federal, Receita Federal, Procuradoria Geral da República, empreiteiras, empresas, toneladas de provas, enfim, milhares de pessoas dentro e fora do Brasil com o único propósito de prender Dilmo.

Tiraram o meliante do cárcere 5 estrelas com direito a visita íntima e o reabilitaram para ser candidato à presidência da república. Fizeram tudo o que foi possível e (era considerado) impossível para impedir que Bolsonaro tivesse a mais ínfima chance de superar todos os obstáculos impostos e ser eleito por algum erro de cálculo. Elegeram Dilmo. Mas não conseguiram reabilitá-lo como a pessoa mais honesta da história desse país – porque nunca foi, e jamais será.

Esse pessoal todo é malandro, mas não é bobo, ou nem tanto quanto parece. Reabilitar um condenado indo contra o povo que o odeia é uma coisa. Condenar um inocente contra o povo que o adora, e que sabe que o propósito de condená-lo é justamente para que ele deixe de fazer sombra para o descondenado, é outra completamente diferente. Assim, o método que eles decidiram foi primeiro condenar o povo.

Baleia, cartão de vacinação, joias, gravações, falas, amigos, inquéritos sigilosos, acusações sem provas ou com provas que não provam nada, e nem assim conseguiram sequer arranhar a imagem de Bolsonaro. O que realmente conseguiram até agora foi fortalecer no povo a certeza de que esta perseguição insana é a prova concreta de que os errados são eles mesmos, cada vez mais errados, e o desejo dos brasileiros de ver o sistema cair.

A convocação de Bolsonaro para depor às vésperas da manifestação convocada por ele foi mais uma cartada burra. Contudo, Bolsonaro não é burro. Não abriu a boca. Nem deu chance para que um “boa tarde” pudesse ser interpretado como justificativa para nada. Entrou mudo e saiu calado. Deu para a imprensa militante o silêncio que os jornalistas viram como quiseram.

A manifestação de ontem, 25/2, mais do que um retrato para o mundo, foi um aviso para o Brasil: o povo está vivo, acordado, vibrante e ciente do caminho para o qual o sistema tenta nos empurrar.  Bolsonaro é a bússola para evitarmos este caminho. Dificilmente será candidato novamente, mas será o símbolo da resistência de um povo que não está mais disposto a ser levado inconsciente para o abate.

De tudo o que foi dito ontem, penso que a frase mais importante veio da voz de Nikolas Ferreira quando disse: “Nós não temos o direito de ter menos persistência do que o nosso inimigo”. Esse é o grande aprendizado que tem que ser tirado desta manifestação. E pela força representada pelas centenas de milhares de pessoas que estiveram na Avenida Paulista, uma demonstração de persistência apesar de toda opressão que o Brasil tem vivenciado.

No dia da prisão de Dilmo, a manifestação em frente ao sindicato dos metalúrgicos, no ABC, não reuniu 10% da quantidade de pessoas que estiveram ontem na Avenida Paulista. Quando houve o julgamento no TRF4, em Porto Alegre, também não tinha 10% do que vimos ontem. O aglomerado de pessoas em frente a PF de Curitiba durante o tempo em que Dilmo estava preso, e mesmo no dia que ele foi solto, nunca passou de 2 mil pessoas. Nunca houve uma convulsão popular pela prisão de Dilmo. O máximo que vimos no dia da sua prisão foram fogos de artifício em todo Brasil.

Nada impede que os reais mandatários do Brasil, Senka-Belo e Cia Ilimitada, continuem  perseguição a Jair Bolsonaro, e que até o prendam. Mas, ontem, ficou claro que a coragem para isso terá que ser infinitamente maior do que a coragem que tiveram pra tirar Dilmo da cadeia. Uma coisa é soltar um bandido. Outra coisa é prender um inocente com acusações e provas fabricadas, com o mundo inteiro sabendo disso. Haverá consequências aqui dentro e lá fora. E quem pagar pra ver não vai gostar do que vai ver.

Ontem, não sei se era 1 milhão de pessoas, 700 mil, 500 mil. Mas, todos os dias, somos mais de 60 milhões, e “não temos o direito de ter menos persistência do que o nosso inimigo”. Foi assim que eles voltaram ao poder. Só assim nós voltaremos.

Coragem, Senka-Belo, coragem.