Mensagem de agradecimento a Alexandre de Moraes.
Não contarei a história do Brasil pós-regime militar, pois não é esse o intuito da postagem, mas por hora basta dizer que comecei a me interessar de fato por política quando Lula se tornou presidente. Sinto uma satisfação pessoal por nunca ter caído no conto do “bom gestor, pragmático” ou “pai dos pobres”, mesmo tendo muito menos recursos intelectuais para analisar qualquer coisa na época. Acredito que meu pai tenha feito um ótimo trabalho ao me blindar do petismo, afinal ele trabalhou em fábricas que foram muito afetas pelo sindicalismo oportunista de Lula.
Caro ministro da suprema corte brasileira, senhor Alexandre de Moraes, não fosse seu abnegado e incansável trabalho, mesmo diante de toda a pressão interna e externa, eu jamais poderia acreditar tanto em um político como hoje o faço.
Sou mais novo do que o senhor, mas velho o suficiente para ter visto o Brasil passar por todos os presidentes pós regime militar. Cresci sabendo que aqui o roubo e a corrupção eram coisas corriqueiras, e que todos os políticos, com raríssimas exceções, visavam apenas os seus interesses pessoais. O brasileiro médio odiava política, afinal, escolher entre um ladrão e outro, era de fato uma perda de tempo.
Para fins de contexto, é importante pontuar que cresci numa família pobre, tendo que me preocupar com coisas básicas como alimentação, vestuário, transporte, sem luxos e sem regalias. Meus pais me deram o mais importante, que foi o incentivo ao estudo, e se esforçaram muito para que eu pudesse estudar numa escola técnica. Dali em diante, consegui trabalhar e andar com as próprias pernas, trabalhando de dia e fazendo faculdade de noite. No início, tinha que fazer escolhas como pagar a mensalidade ou comer um lanche no intervalo. Aos poucos, fui progredindo no trabalho e as coisas foram melhorando. Esse foi um caminho longo, lento, e em cerca de 20 anos de carreira, fui de uma vida de muitas limitações para uma de classe média alta. Assim como muitos brasileiros que ganham a vida na iniciativa privada, seja trabalhando para alguém ou empreendendo, tive que vencer não com ajuda do governo, mas apesar dele.
Mas, apesar de pessoalmente ter uma vida que estava indo muito bem, via que o país simplesmente não avançava. A pobreza, a violência, causadas pelo descaso e pala corrupção, não pareciam ter solução. Em paralelo aos governos e escândalos de corrupção, na época do Dilma 1, tomei conhecimento do parlamentar chamado Jair Messias Bolsonaro, ao me deparar com o vídeo de um de seus discursos falando sobre a impunidade que reinava (e infelizmente ainda reina) no Brasil. Gostei tanto do que ouvi justamente porque não havia mais ninguém falando sobre isso na época. Ali eu vi um parlamentar falando sozinho, mas que na verdade estava representando muito mais brasileiros do que ele poderia imaginar.