Religião e a filosofia na gênese da história

Em minhas elucubrações sobre a religião e o espiritualismo em geral tenho recorrido à filosofia e à psicologia, sem ser um grande versado nestas ciências, como auxiliares indispensáveis que são neste meu labor.

Da mesma forma vou aqui me servir da história.

A RELIGIÃO

SUAS ORIGENS

Vico defende a idéia de que a história dos povos começou em todas as partes pela religião, e que a história religiosa é a mais antiga de todas.

O homem pré-histórico reunindo-se em grupos, levado pelo instinto gregário, com o objetivo de fortalecer a sua defesa contra os elementos da natureza, começou a constituir os os primeiros grupos familiares. A afetividade passou a sobrepor-se ao instinto.

A morte de alguns destes entes mas próximos motivava dor e saudade, sentimentos que fizeram com que voltasse sua atenção para o lado oculto da vida.

Originava-se o sentimento religioso da humanidade.

A partir da decifração da escrta dos egipcios por Champolion em 1822, com as explorações

arqueologicas das pirâmides e da esfinge surgiram grandes revelações sobre aquele povo.

As piramides, datadas de mais de cinco anos, eram de inicio destinadas a abrigar os despojos mumificados dos faraós denotando assim a crença na sobrevivência após a morte

Muitos estudiosos dão as pirâmides como centros para realizações de cerimônias iniciáticas. Para outros eram observatórios astronômicos, pela existência de aberturas voltadas para diversas constelações.

As suas orientações segundo os quatro pontos cardeais, a exatidão de suas medidas e o gigantismo das construções tem também causado espanto e admiração por parte de todos.

No Egito estavam situadas as maiores escolas de misticos, onde estudiosos da Índia, da Pérsia, da China, da Grécia e de Roma iam beber ensinamentos em seus templos iniciáticos, fontes de toda a sabedoria secreta.

Hermes Trismegisto, que viveu no Egito pelo ano de 2000 a.c., é considerado o pai da ciência oculta e o fundador da astrologia e da alquimia, que deram origem à astronomia e à química.

Da Índia vamos buscar na religião védica profundos ensinamentos que se eternizaram.

Os Vedas, datados de cerca de três mil anos antes de Cristo, são compostos de quatro livros: o Rig-Veda, o Atharva-Veda, o Yajur-Veda e o Sama-Veda. Escritos por famílias sacerdotais dos antigos povos Arias, que então dominavam aquele país, neles estão contidas todas as suas crenças.

As milenárias epopéias Mahabarata e Râmâyana relatam, em linguagem poética, as lutas e o desenvolvimento de seu profundo sentimento religioso.

O Bhagavad Gita, o mais notável episódio do Mahabarata, é a sua mais popular escritura religiosa, contendo ensinamentos éticos e morais que hoje constituem os fundamento de muitas religiões.

O Yoga, também milenar, é um método de libertação da alma pela prática de cinco categorias de exercícios, que podem ser praticados isolada ou conjuntamente.

O Karma Yoga é a realização através das ações e das obras: o Raja Yoga através da intuição espiritual, a via interior; o Hata Yoga através de exercícios posturas corporais d de respiração; Bhakty Yoga é a busca divina através do amor e o Gnâni Yoga que é a via intelectual.

O POLITEISMO

Mitologia significa um estudo dos mistérios e dos cultos realizados pelos antigos povos em honra de seus deuses e heróis.

As mais importantes são as das religiões politeístas da Índia, da Grécia, de Roma e do Egito.

Poetas como os gregos Homero e Hesíodo e o romano Vergilio utilizaram-se da mitologia na realização de suas obras.

No Egito os deuses Osíris, Ísis e Horus formavam uma  grande trilogia. Na Índia eram Brahman, Vishnu e Shiva. Na Grécia destacamos Zeus, o todo-poderoso, Apolo, Atena e Hera, entre muitos mais.

Em Roma a própria fundação da cidade é descrita de forma mitológica, em que os gêmeos Rômulo e Remo eram filhos do Deus Marte. Sua mitologia foi tomada Grécia, destacando-se nela ainda Júpiter, Diana e Juno.

Na Ilíada , Homero (850 a. C) descrever o que guerra de Tróia. Na odisseia temos um retorno do herói Ulisses a sua pátria, após a destruição de Tróia. É um retrato mitológico politeísta, e um antropomorfismo em que os deuses são semelhantes aos mortais, animados por emoções e paixões humanas.

A sua luta contra deuses, bruxas, monstros e o mar bravio é um simbolismo da própria luta do homem na sua evolução espiritual.

Hosíodo (700 a.c.) em suas obras “Teogonia” e  “Os Trabalhos os Dias” faz relatos míticos das relações entre deuses e mortais.

Surge com ele o subjetivismo na literatura. ao conjugar a Intuição às faculdades intelectual e discursiva.

É a passagem do pensamento mítico para o racional e filosófico.

Virgílio (70 -19 a.C.) em Eneida, servindo-se da mitologia transportada da Grécia, procura mostrar a grandeza incomparável de Roma. Em doze livros descreve as aventuras, os combates e as conquistas de seu herói Eneias, em uma similitude com as epopeias de Homero.

O monoteísmo

Foi pregado por Amenófis quarto, ou Akhenaton, faraó do Egito que viveu de 1372 a.1354 antes de Cristo.

Revestindo-se também da função de sacerdote, e com o auxílio de sua mulher nefertiti, instituiu a crença em um deus único, colocando cinho posição a religião oficial politeísta pregada pelos sacerdotes de Amon.

Denominando-o de Aton, o seu deus solar era representado por um disco faiscante de ouro, alvo de adoração ao nascer e ao por do sol.

Sua vida e seu reinado foram curtos, bem como a religião que instituiu, derrotado que foi pelas forças opositoras.

Mas foi Moisés, iniciado e sacerdote egípcio, o grande organizador e difundidor do monoteismo, no século XII aC.

Como judeu que era, libertou o seu povo da escravidão, e reunindo as várias tribos deu aos hebreus uma pátria, a lei e sua religião.

os Dez Mandamentos ditados por Deus no Monte Sinai e gravados nas Tábuas da Lei tornaram-se um preceito universal.

Teve ele, no entanto, pregadores anteriores do culto monoteista, na pessoa do grande profeta Abraão, patriarca bíblico do século XIX a.C., que com Isaac e Jacó, que o sucederam, foram os grandes passados dos povos judeu e árabe e os precursores do judaismo e do cristianismo.

A Filosofia

O termo filosofia, amigo da sabedoria, surgiu na Grécia, formalizadora, sistematizadora e difundidora da sabedoria da alta antiguidade da Índia, do Egito, da China e de outros povos,

enriquecida e ampliada naturalmente pela genialidade dos grandes filósofos gregos.

Mais do que uma sucessão de sistemas contrapondo-se e sobrepondo-se uns aos outros, a filosofia visa um autoconhecimento e um auto-desenvolvimento cada vez maior do homem. Voltando-se sobre si mesmo e utilizando-se da lógica, da razão e da intuição, numa perfeita conjugação empirico-racional-intuitiva, mergulha ele no incognoscível em busca da sua realização pessoal

Expoentes da filosofia e da religião

Surgiram entre os séculos VI e IV a.c., em diferentes regiões, construindo os paradigmas que até hoje vem norteando e impulsionando o desenvolvimento cultural da humanidade

Pitágoras (580-497 a.c.), que foi aprofundar seus conhecimentos no Egito, na Índia e na Mesopotâmia, na sua escola filosófica e religiosa em Crótona ensinava a seus discípulos que a libertação da alma poderia ser alcançada por um esforço subjetivo puramente humano, atingindo a união com o Deus único.

Foi o primeiro a utilizar a palavra cosmo para universo, que seria regido por uma inteligência supra-racional e espiritual permeando toda a natureza visível e invisível.

Defensor da metempsicose, dizia recordar-se de várias reencarnações que tivera.

Afirmava ainda que os números seriam a fonte e a raiz de todas as coisas: que o sol era o centro de nosso sistema, existindo vários planetas que giravam em tomo dele, bem como uma infinidade de outras estrelas semelhantes. Antecipava assim a teoria heliocêntrica.

Para Pitágoras “a própria filosofia proporcionava a via superior para a iluminação mística e assimilação do Divino”

Sócrates (470-399 a.c.), que fez descer a filosofia do céu à terra no dizer de Cicero, realizou o seu Deus interior e mantinha diálogos pela via intuitiva com o seu genio espiritual.

Foi levado a beber cicuta “por não ter respeitado os deuses e corrompido a juventude”, segundo os que o condenaram.

Em oportunidade oferecida por alguns discipulos recusou-se a fugir da prisão, dizendo que “partia para o encontro após a morte com seus amigos e com outros homens mais sábios que o haviam antecedido”.

Em sua humildade admitida Sócrates a sua ignoråncia ao afirmar “só sei que nada sei”.

Platão (428-348 a.c.) perpetuou através de seus diálogos os ensinamentos do mestre, em discursos que fazia aos discípulos que dele se acercavam em sua Academia.

Foi também beber no Egito e em outros centros de estudos as águas cristalinas da sabedoria esotérica.

A doutrina do bem do belo e do verdadeiro, bem como das idéias inatas que trazemos de outras vidas, em uma apologia da reencarnação, formam o núcleo principal de seus ensinamentos.

Diante da corrupção dos costumes e das paixões políticas, procurava preparar os jovens para o exercício da cidadania e da administração correta da coisa pública. A cidade-estado deveria ser dirigida por um rei-filósofo.

Aristóteles (384-322 a.c.) tendo sido discípulo de Platão e estudado na sua Academia, veio mais tarde a fundar a Escola do Liceu, também denominada Piripatética porque dava as lições passeando pelo páteo com os seus discípulos.

Considerado o criador da lógica formal, escreveu tratados sobre política, moral, filosofia e ciência natural, mantendo um jardim botânico e um zoológico nas dependências da escola.

Utilizava o empirismo e o racionalismo em seus estudos, ao contrário de Platão que se servia mais da intuição espiritual.

Para ele “a verdadeira realidade ora o mundo perceptivo dos objetos concretos, não um mundo imperceptível das idéias eternas.

No vasto império da China vamos encontrar Confucio (551 – 479 aC), que viveu no mesmo período de luminismo filosófico.

A sua doutrina da “busca da natureza humana verdadeira” que corresponde à busca do real, do ser interior, era mais pragmática, voltada para o homem enquanto neste mundo, desenvolvendo-lhe um senso moral e o gosto pela música e pelos rituais, que o colocavam em sintonia com a harmonia maior.

Todo o seu ensinamento visava melhorar o coração humano através de uma sensibilização progressiva, para o atingimento daquela natureza verdadeira.

Um cavalheiro, ou homem superior, concede tal importância à Lei Natural, a Lei de Deus, porque é eterna”

Buda (VI a.C.), o príncipe Sidharta, renunciando ao mundo e à vida de fausto que levava na corte de seu pai e a companhia de sua esposa e de seu filho, abandonou o palácio levando uma vida errante de pobreza pela Índia em busca da via da salvação.

Tendo encontrado a iluminação, mergulhando no Nirvana, passou a pregar a sua doutrina por toda a Índia, que se estendendo pela China e o Nepal está hoje difundida por quase todo o mundo.

Pregava Buda, “a verdade nos liberta do mal e não há no mundo outro libertador”. Jesus viria a pronunciar também “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Os Pré-socráticos

Com Tales de Mileto (547 a C), o fundador da filosofia, segundo Aristóteles, emancipou-se o pensamento das “divagações mitológicas”, passando a predominar a mentalidade cientifico-filosófica com um maior desenvolvimento das habilidades humanas.

Afirmava ele que “todas as coisas estão cheias de deuses, tudo está cheio de misteriosas forças vivas, tudo tem alma”. Já era a concepção da imanência de Deus em toda sua criação.

Xonófanes (580 – 475 aC) afirmava, “um Deus é o supremo entre os deuses e os homens; nem em sua forma, nem em seus pensamentos, é igual aos mortais”. Iniciava-se assim o combate aos deuses antropomórficos herdados das velhas tradições religiosas.

Anaximandro (610-547 a.c.), discipulo de Tales, foi o primeiro a usar o termo “princípio” dizendo que “a água cobria de início quase toda a superfície da terá, os seres surgiram do mar e o homem nasceu de animais de outras espécies. Antecipava ele hipóteses científicas que seriam aventadas em um futuro distante.

Anaxágoras (500-428 aC) trouxe-nos a concepção de alma. “Nous é a mesma coisa que alma, e é, entre aquilo que é, aquilo que é mais fino e mais puro. Aquilo que aparece, manifesta-se, o fenômeno, é a vista, o rosto daquilo que é velado e não se mostra, o número”. Viria a ser a doutrina de eidos, idéia, de Platão, a mesma concepção de ser, de real  de realidade essencial.

Parmenides (530460 a.c.), também precursor da idéia de um Deus único afirmava, “o que é verdadeiro precisa estar no presente eterno”; dele não pode ser dito ele era ele será o ser não pode vir a ser.

Outros

Clássicos gregos

No século V a.c. despontaram os Solistas, instrutores dialéticos que transmitiam normas para a vida prática visando uma melhor participação do homem na pólis democrática.

Segundo Protágoras, “o homem era a medida das coisas; seu julgamento pessoal a respeito da vida deveria constituir a base de sua conduta e de suas crenças pessoais – não o conformismo ingênuo à religião tradicional, nem a entrega às grandes especulações abstratas.

Era o despertar do pragmatismo, procurando distanciar o homem das suas crenças arraigadas.

Surgiu com elas a “Paideia”, sistema grego de instrução que incluías ginástica, gramática, poesia, música, matemática, geografia, história natural e da sociedade, astronomia, ciências físicas, ética e filosofia, uma verdadeira formação acadêmica com a finalidade do preparar o homem para um integral exercício da cidadania e do poder, e um maior sucesso na vida prática.

Demócrito (460.370 a C,) deu nos pela primeira vez o conceito de átomo, indivisível, como o ultimo elemento constitutivo da matéria, desenvolvendo a teoria do sou mestre Leucipo. A alma humana, mesmo que considerada como princípio vital, era apenas um composto de átomos

No século l la.C, tivemos o surgimento do estoicismo, criado por Zeno de Citia, que estudara com Platão.

Afirmavam que uma força divina, inteligente, o Logos ou razão universal, permeava e ordenava todas as coisas, “Ser livre era viver em conformidade com a vontade de Deus”.

Epicuro, contemporâneo dos Estóicos, contrapunha-se às religiões antigas reafirmando “o valor primordial do prazer humano”. Não somente o prazer físico, mas também o prazer intelectual e o da fruição da amizade

O Ceticismo de Pirro de Elis (365 – 275 aC) defendia que nenhum tipo do verdade poderia se

considerada certa e definitiva, o que viria a confirmar a ciência futura.

Clássicos romanos

Roma com a atenção voltada para as grandes conquistas e a expansão do território, notablizou-se principalmente pelos seus comandantes de legiões e imperadores guerreiros.

Cicero (106.43 a c.), grande orador é conhecido pelas “Catilinárias” e muitos outros tratados retóricos. Politico militante, serviu sob vários imperadores. Protegido por uns e perseguido por outros, terminou ao final assassinado por ordem de Otávio.

Mecenas (68-8 a C) como poeta destacou se como protetor das letras e das artes. Junto com outros notáveis criou a nova ideologia para o império nascente.

Orácio (65 – 8 a.C.), poeta refinado, escreveu várias sátiras e epístolas.

Virgilio (70.19 a.c.), entre outras poesias escreveu Eneida, que ficou inacabada com a sua morte, mas que até hoje enriquece a nossa literatura.

Sêneca (4 – 64 d.c.) filósofo latino, nomeado cônsul por Nero e envolvido em conspiração, foi por este condenado à morte. Grande defensor da moral, em sua obra “Problemas Naturais”, descreveu os vicios e os males que envolviam os seus contemporâneos.

Tácito (55-120 d.c.), como historiador analista critico, retratou os imperadores sanguinários e corruptos, descrevendo a decadência geral dos costumes que viria a colaborar com a queda do império.

Tito Livio (59 C-17 d C escreveu “A História de Roma” obra prima da literatura latina, composta de 142 livros divididos em décadas, que ficou inacabada.

A História

A história é a grande plasmadora da cultura das várias gerações.

Ao estudarmos a história estaremos rememorando, atualizando e revivendo o passado, para precavermo-nos dos erros e desacertos e espelharmo-nos nos exemplos nobilitantes e construtivos daqueles que nos antecederam.

Deste crisol de experiências poderemos extrair aquilo que é mais nobre, mais digno e promissor, para melhor delinearmos o nosso futuro e construirmos assim uma sociedade mais igualitária.

Na época Arcaica, séculos VIII a VI a.C., surgiram o alfabeto latino, numa adaptação feita do grego, a lei, a moeda e a Pólis, culminando no século VI com o surgimento da filosofia.

Século de Péricles (495-429 aC). Estadista ateniense que, cercado de artistas, dentre os quais Fídias, promoveu o desenvolvimento das artes, voltando também sua atenção para o aspecto social, econômico e político.

Dando oportunidade de trabaho para todos e de acesso de qualquer cidadão aos cargos públicos, implantou uma justiça social e uma melhor distribuição de riqueza.

Foi também o grande consolidador da democracia na Grécia.

Trucidides (460-400 aC), historiador grego, escreveu a história da guerra do Peloponeso, entre Esparta e Atenas, fazendo uma narração dos fatos que influenciaram os acontecimentos.

Heródoto (484-420 a.c.), fez um relato das guerras Médicas e dos povos nelas envolvidos.

As vitórias dos gregos sobre os persas em Maratona (490aC) e em Salamina (480 aC) são descritas pelo poeta trágico Ésquilo (525-456 aC), que é considerado o fundador da tragédia Grega.

Felipe ll (302 – 330 aC), rei da Macedonia, após a batalha de Queronéia apossou-se de toda a Grécia, tendo sido sucedido,, após ter sido assassinado, por seu filho Aleiandre.

Alexandre Magno (356.323ac,) consolidou o domínio da Grécia. Estendendo suas conquistas, derrotou Dario da Pérsia, avançando sobre o Egito e a Índia. Morrendo prematuramente o seu império não sobreviveu por muito tempo.

Podemos resumir a expansão do império Romano aos seguintes feitos bélicos:

Nas guerras púnicas (264-146 antes de cristo) Roma conquistou a Sicília, a Córsega e a Sardenha; Aníbal e Cipião dominaram a Espanha e Cipião Emiliano estendeu o domínio à Cartago, que se tornou a província da Africa.

Voltando-se para a Grécia, vieram a ocupá-la em 146 aC, após vencerem a Macedónia.

Em 120 n.c, dominaram parte da Asia, formando uma nova província.

Pompeu ocupou a Síria e a Judéia (64-63 aC) e Otávio o Egito (31 aC).

Julio César (100-44 aC) conquistador das Gálias, enfrentou várias revoltas dentro do império. Vencendo todos os oponentes tornou-se seu senhor absoluto com poderes do ditador vitalicio.

Desgostando o senado, foi assassinado em 44 a.c. por um grupo de conspiradores liderado por Brutus e Cássio

Dominada por Filipo o por Alexandro, e em 146 a.c. por Roma, decaiu a Grécia clássica quando estava em seu apogeu.

Alexandre, tal como viria a proceder Paulo com o cristianismo foi o grande difundidor da cultura grega por todas as terras que conquistou, vindo ela a ser reavivada em Alexandria, o grande centro de cultura helênica.

Foi assim a Paideia grega transportada para Roma.

Traduzida por Cicero como Humanistas, é utilizada pela aristocracia romana e perpetuada para a glória da ciência, das letras das arte.

Emergência do Cristianismo

Nasce Jesus Cristo em Belém da Galiléia. (1 a 33 do calendário religioso). Pregou uma religião calcada em sentimentos altruístas e humanitários de fraternidade, de humildade, de tolerância e de perdão

De fé, de esperança e de caridade;

De paz, de bondade e de amor

O Sermão da Montanha e o seu principal mandamento “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, constituem supremas jóias de expressão religiosa.

Dizia que o seu poder e a sua sabedoria vinham do pai, um Deus de amor e de bondade, e que o seu reino não era deste mundo.

Seu apostolado durou aproximadamente três anos e são relatados nos Quatro Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, constituindo o Novo Testamento.

Por instigação dos sacerdotes do Templo de Jerusalém, que não aceitavam os seus milagres e sua forma de pregação, auto-denominando-se filho de Deus, não o acolhendo portanto como o Messias prometido no Velho Testamento, foi condenado por Pilatos como agitador político e crucificado.

Saulo de Tarso (5/15-64d.C), judeu mas com título de cidadão romano e tribuno militar, foi ferrenho perseguidor dos cristãos.

Convertido na estrada de Damasco, tomado por uma visão que teve de Jesus e que lhe falou Saulo. Saulo, por que me persegues? transformou-se no maior pregador e divulgador da nova fé, que, em pouco tempo, pela sua liderança, espalhou-se pela Ásia Menor, Grécia, indo até a própria Roma.

É conhecido pelas quatorze Epistulas que escreveu, como grande apóstolo e o internacionalizador do cristianismo

Não tendo convivido com Jesus durante a sua vida, conviveu com o Cristo ressurrecto e vivo que o conduziu e inspirou, pela via intuitiva, durante toda a sua peregrinação para difusão e consolidação da nova religião nascente.

Em seu pioneirismo e animado de pleno espírito cristão levou a religião do Deus Vivo, o Deus de amor e de bondade, até a Grécia, a própria terra dos deuses imortais. fazendo pregações no Aerópago, o maior conselho de censura moral e religiosa.

Envolvido pelo espírito de Cristo, seu reino e seu poder também não eram deste mundo.

As Epístolas do Paulo, ricas em ensinamentos, são datadas de 50 a 60 constituindo os mais antigos escritos sobre a nova doutrina.

Entre os anos 64 e 70 surgiu o Evangelho de Marcos, de 70 a 80 os de Mateus e de Lucas, e de 90 a 100 o de João.

Sob o reinado de Nero (37-68) foi intensificada a perseguição aos cristãos, e Pedro e Paulo foram martirizados em Roma.

Após séculos do perseguições e de martírios, com a conversão do Imperador Constantino, no inicio do século começou uma maior propagação do cristianismo, que ao final daquele século tornou-se a religião oficial do império.

Império Romano

Roma conquistou e dominou a Gália, o mundo mediterráneo, estendendo suas conquistas ao Egito, à Macedónia e à Grécia, Cartago e partes da África e da Ásia, vindo assim a constituir o maior domínio militar que já existiu sobre a face da terra.

A queda de Roma foi ocasionada por vários fatores, entre os quais destacamos: governo opressivo e corrupto; ganância desmedida e sede do poder pelos generais pela aristocracia já decadente; corrupção dos costumes; incursões de bárbaros; inflação alta e doenças pestilentas.

Derrotas sucessivas diante dos bárbaros que invadiam de todos os quadrantes, oriundos de diferentes regiões: Suevos, Gauleses, Godos, Hunos e outros mais, ocasionaram o enfraquecimento e o esfacelamento do império, até que, em 476, sob o comando de Gengerico, foram as legiões romanas totalmente arrasadas. Desmoronava assim o império romano, que foi retalhado e dividido entre os conquistadores.

Ao encerrarmos este estudo sumário, desejamos salientar que visamos principalmente chamar a atenção dos estudiosos para a importância de um aprofundamento da matéria.

A nossa memória, o eu superficial, é alimentada pela história, e a nossa psique, o eu profundo, é ativada pelo inconsciente individual e pelo coletivo.

Todas a gerações são a soma e a resultante das conquistas das várias civilizações que se sucedem a nossa psique sendo tocada, sob forma velada, pela presença dos arquétipos eternos que brotam e emergem da experiência milenar da humanidade.

Obras do autor.

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